Ao longo da história da humanidade, fomos ensinados que devemos recorrer a entidades superiores, sejam elas divindades, deidades ou a própria concepção de Deus, para satisfazer nossas necessidades e desejos mais profundos.
A ideia de buscar auxílio além de nós mesmos está profundamente enraizada em nossa cultura, transmitida através de tradições religiosas, filosofias espirituais e sistemas de crenças variados.
Diante do vasto espectro de crenças e ensinamentos que moldaram a visão da humanidade em relação ao divino, surge uma questão essencial que há tempos precisa ser enfrentada com coragem e discernimento:
“Será realmente necessário implorar, suplicar ou rogar por algo a uma entidade que, segundo muitos acreditam, é onipresente, onisciente e onipotente?”
Refletindo sobre as palavras atribuídas a grandes mestres espirituais ao longo da história, como Jesus Cristo, que afirmou, categoricamente, que nem mesmo um fio de cabelo cai de nossa cabeça sem que a vontade divina o permita, somos levados a questionar o cerne de nossas práticas religiosas e espirituais.
Se tudo está sob a soberania divina, se nada escapa ao olhar compassivo e abrangente do Criador, por que então nos sentimos compelidos a suplicar por ajuda, a implorar por misericórdia, a pedir por intervenção?
Encaremos a realidade de frente, sem medo do desconhecido que habita em nossos corações e mentes!
Se, de fato, somos criaturas feitas à imagem e semelhança do divino, como sugerem diversas tradições espirituais, então por que nos subjugamos a um papel de subserviência diante do Todo-Poderoso?
Por que delegamos a outros aquilo que, em Essência, já reside dentro de nós mesmos?
E, a parte do ensinamento ‘Faça a sua parte que a Minha Eu farei’? Esquecemos sempre dessa parte, não é mesmo?
Será que é porque nela reside a nossa responsabilidade sobre tudo que acontece em nossas vidas?
Sendo, justamente, esse ensinamento que nos tira do papel de vítimas e nos coloca no papel de protagonistas, ou deuses, da nossa própria existência?
Será que é porque assimilando esse ensinamento não teremos mais ninguém a culpar pelas nossas mazelas?
Será que é praticando esse ensinamento que teremos de assumir as responsabilidades de nossos próprios atos?
Vamos lá, olhe para você!… Reflita!…
A resposta não é simples, e talvez seja exatamente por isso que tantos optam por ignorá-la ou desviá-la com desculpas convenientes.
O desafio que se coloca diante de nós é o de desvelar as camadas de condicionamentos e ilusões que nos afastam da verdadeira compreensão de nossa Natureza Divina.
Ao nos voltarmos para nossos mentores espirituais, sejam eles anjos, guias, santos ou exus, somos confrontados com uma verdade desconcertante…
Por que sentimos a necessidade de ensiná-los, de doutriná-los, se são eles os portadores de uma sabedoria que transcende nossa compreensão limitada?
Por que persistimos na ilusão de que somos os únicos detentores do conhecimento e da verdade?
Então, retomemos a pergunta inicial, não como um exercício retórico, mas como um desafio genuíno para nossa Consciência Desperta:
- Será realmente necessário pedir algo a Deus?
- Se Ele está dentro de nós, se somos uma manifestação de Sua essência divina, então para quem exatamente dirigimos nossas preces?
- Quem é o destinatário de nossos clamores?
É hora de encarar a realidade com olhos despidos de ilusão e corações abertos para a verdade que sempre esteve diante de nós, aguardando ser reconhecida e aceita.
Não se trata apenas de uma mudança de perspectiva, mas de uma revolução interna que nos convida a abandonar as amarras do condicionamento e abraçar a liberdade de sermos quem realmente Somos.
Desafio você a questionar cada preceito, cada dogma, cada crença que o aprisiona em uma visão limitada de si mesmo e do Universo ao seu redor.
Desafio você a se libertar das correntes que o prendem a uma mentalidade de dependência e subserviência, e a abraçar o poder que sempre esteve latente em seu Ser.
Não estou aqui para oferecer respostas prontas, pois a verdadeira compreensão surge da reflexão e do questionamento, as quais nos foram ceifadas desde os primórdios.
Todas as respostas que você busca já estão dentro de você, esperando para serem descobertas.
A escolha de despertar para essa verdade e assumir o controle de sua própria vida é sua e somente sua.
Que este texto sirva como um convite para explorar suas crenças, desafiar seus paradigmas e abraçar a liberdade e o poder que sempre estiveram ao seu alcance. Você é o próprio Poder Divino em manifestação, e é hora de reconhecer e celebrar essa verdade.
A sua jornada rumo à plenitude e à auto transformação começa dentro de você!
Permita-se embarcar nessa jornada e descobrir todo o potencial que reside em seu ser.
A escolha é sua! Ou melhor, sempre foi e sempre será!
Mas lembre-se, com grande poder vem grande responsabilidade.
A responsabilidade de reconhecer seu papel como co-criador de sua realidade e agir em consonância com a vontade divina que habita em seu âmago.
O desafio está lançado!
Aceite-o e descubra a verdadeira essência de sua existência…
Fique em paz! Cuide muito bem de você! Seja feliz!
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Ana Paula Natalini
Terapeuta Vibracional / Consultora Energética de Prosperidade / Escritora